MEEIRO
Na terra,
eu e meu companheiro.
Meu trabalho de plantar,
sua pressa de colher.
Minha quarta de penúria,
sua quarta de poder.
Na terra,
ele, o meu meeiro.
Meu suor molhando a roça,
seu riso lambendo a flor.
Minha fome e sua mesa,
seu cantar e minha dor.
Ai, companheiro!
Livro: Rio do Sono, páginas 95 e 96.
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