liquefeito relógio

Liquefeito relógio. Onde o meu tempo

entornando o vestígio que me resta

da infância? Onde? O relógio? E eu me vejo

as mãos em concha, o tempo derramado.


Agora, que importa um mostrador vazio

e somente o incerto pêndulo a mover-se?


Livro: Rio do Sono, página 35. 

Comentários

  1. Interessante pois remete a Salvador Dalí fenomenologo um pouco a Sir Edmund Husserl. Ilações válidas dado o grau de subjetividade do poema.

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