Canção Clara

Canção mui clara, o bastante
para o vosso condenar.

Condeno o que passou breve
sem desejo de ficar.

Aquele que bem devia
dar-se a mim vivo de amor.

Condeno o que me viu frágil
e não foi o meu protetor.

Esse que me cativou
e não quis me conservar.

Ah! canção clara, o bastante
para o vosso condenar!


Livro Hoje Poemas, página 11.

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